domingo, 16 de fevereiro de 2020

Como surgiu o Carnaval?


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O Carnaval, nos países cristãos, é comemorado 47 dias antes do dia da Páscoa, mas está relacionado também com antigos rituais pagãos.

A comemoração do Carnaval está subordinada, nos países cristãos, à data da Páscoa. O cristianismo, desde suas origens, passou a articular os dias do ano a um calendário litúrgico, isto é, a um quadro de datas especiais que se orienta de acordo com a crença na Encarnação Redentora de Cristo. A Páscoa é considerada a data mais importante, já que é tida como o dia da Ressurreição. O Concílio de Niceia (325 d.C.) determinou que o dia da Páscoa seria celebrado em todo domingo que se segue à primeira lua cheia após o equinócio de primavera do Hemisfério Norte, podendo ocorrer, portanto, entre os dias 22 de março e 25 de abril.
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O período de preparação para o evento da Páscoa é conhecido, dentro da tradição litúrgica, como quaresma — simbolizando os quarenta dias que Cristo passou no deserto — e ocorre entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de ramos (uma semana antes da Páscoa). A terça-feira de carnaval ocorre sempre antes da quarta-feira de cinzas, portanto, 47 dias antes da Páscoa.

Esse ajustamento da data do carnaval à data da Páscoa também revela um cuidado que a Igreja Cristã primitiva teve em se impor sobre as festas pagãs da civilização greco-romana. O termo Carnaval provém do latim carnis levale, que significa “abandono da carne”, privação dos prazeres da carne, já que o tempo da quaresma objetiva exatamente esse tipo de comportamento. No período próximo do equinócio de primavera, tanto na Grécia quanto em Roma, havia o culto a Dionísio (Baco, para os romanos), deus do vinho e do prazer. 

Na medida em que a Europa foi se formando ao longo dos séculos que compuseram o período da Idade Média, o Carnaval foi se transformando em uma festa com características cada vez mais particulares. Ainda no período medieval, o Carnaval tornou-se uma alegoria da inversão de papeis sociais, “o rico converte-se em pobre”, “o homem, em mulher”, “o nobre, em plebeu”, e vice-versa.

Foi por intermédio da colonização portuguesa que o Carnaval chegou ao Brasil. Mas no caso brasileiro, as festas do Carnaval assumiram feições muito peculiares de acordo com a região do país. No Nordeste, em especial Pernambuco e Bahia, os blocos de rua e a mistura de ritmos regionais é patente. Já no Rio de Janeiro, a tradição do samba, das escolas e blocos organizados dá o tom das festas.

Por Me. Cláudio Fernandes

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