quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Para que serve a arte?

 


As obras de arte, desde a Antiguidade até hoje, nem sempre tiveram a mesma função. Ora serviam para contar uma história, ora para rememorar um acontecimento importante, ora para despertar o sentimento religioso ou cívico.

Foi só neste século que a obra de arte passou a ser considerada um objeto desvinculado desses interesses não artísticos, um objeto propiciador de uma experiência estética por seus valores íntimos.
Assim dependendo do propósito e do tipo de interesse com que alguém se aproxima de uma obra de arte, podemos distinguir três funções principais para a arte.

Função Utilitária: A arte serve ou é útil para se alcançar um fim não artístico, isto é, ela não é valorizada por si mesma, mas só como meio de se alcançar uma outra finalidade.
Esses fins não artísticos variam muito no curso da história. Na Idade Média, por exemplo, na medida em que a maior parte da população dos feudos era analfabeta, a arte serviu para ensinar os principais preceitos da religião católica e para relatar as histórias bíblicas.

 

Função Naturalista: A obra é encarada como um espelho, que reflete a realidade e nos remete diretamente a ela. Em outras palavras, a obra tem função referencial de nos enviar para fora do mundo artístico, para o mundo dos objetos retratados. Essa atitude perante a arte surge bastante cedo. Ela aparece na Grécia, no século V a.C., nas esculturas e pinturas que “imitam” ou “copiam” a realidade. Essa tendência caracterizou a arte ocidental até meados do século XIX, quando surgiu a fotografia. A partir de então, a função arte, especialmente da pintura, teve de ser repensado e houve uma ruptura do naturalismo.

 

Função Formalista: Preocupa-se com a forma de apresentação da arte. Há, nessa função, uma valorização da experiência estética como um movimento em que, pela percepção e pela intuição, temos uma consciência intensificada do mundo, ou seja, é a análise da obra de arte como todo, pela sua forma, seu conteúdo, sua temática, seu contexto histórico, sua técnica, enfim, todos os elementos para a compreensão da obra em si.

 

Quando o ser humano precisa pensar sobre algo, geralmente, busca encontrar elementos funcionais que lhe deem sentido e um valor. Então ele procura responder perguntas como: para que serve? E qual sua importância no mundo?

Esse sentido utilitarista é comum a todos os povos desde as suas formações iniciais. O homem primitivo, por exemplo, precisava se cercar, primeiramente, de objetos que respondessem à sua necessidade urgente de sobrevivência. Por isso, os desenhos nas cavernas, as danças e as representações primitivas precisavam ter utilidade, ou seja, deveriam servir para que os espíritos dos animais fossem atraídos e aprisionados, ajudando os homens nas caçadas.

Com o tempo, essas manifestações artísticas primitivas começaram a ser desvinculadas das suas funções primitivas nas comunidades. O homem passou a revelar interesse por aspectos e objetos que não possuíam função prática na vida, como as formas, as cores, as texturas em tecidos, certos sons, que passaram a ser apreciados por puro prazer. Nesse sentido, tais utensílios e representações passaram, cada vez mais, a ser criados e executados pelo prazer em si, desligando-se de uma utilidade.

Assim, os humanos demonstram, desde tempos ancestrais, interesse pelo enfeite, pelo belo, por elementos e fatos capazes de instigar e manifestar pensamentos e emoções.

A pintura corporal em uma tribo indígena, na maioria das vezes, tem a função de camuflar, preparar-se para a guerra, determinar uma posição social do individuo, preparativos para diversos rituais da tribo, como culto aos deuses, casamento, funeral, ou, simplesmente, enfeitar-se. Atualmente, a pintura da pele, como as tatuagens, na maioria das vezes, estão ligadas a um sentido decorativo, servindo apenas para adornar ou decorar o corpo.

Há vertentes e perspectivas diferentes quanto à função da arte. Isso ocorre porque cada sociedade estabelece uma relação muito específica com os objetos artísticos, definindo necessidades e importâncias particulares. Pode-se, contudo, definir duas correntes de pensamento muito comuns, no que se refere à utilidade da arte.

A primeira defende que as artes não derivam de uma necessidade prática, existindo independentemente de qualquer utilidade, tais como: ensinar, entreter, instigar, inspirar ou educar. Uma das escolas defensoras dessa vertente foi o Romantismo, que estabeleceu o que ficou conhecido como autonomia da arte.

A outra corrente defende que a arte só pode existir ligada a alguma funcionalidade, ou algo que lhe dê um sentido, tal qual ocorria nas sociedades primitivas. Nessa concepção, só pode haver objeto artístico se este se relacionar, por exemplo, a uma função social, histórica, educativa ou psicológica.

Obviamente, as duas correntes possuem fundamentos e argumentos necessários de serem discutidos, mas é inevitável que convivam, em um mesmo processo de criação artística, elementos estéticos e outros de ordem funcional, econômica, etc.

Vale dizer que a humanidade não vive sem a arte, seja ela funcional, mista ou puramente ligada à fruição da beleza.

“A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente.” Ernst Ficher, A Necessidade da Arte.

 

Fonte: IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Pra que serve a arte. História das Artes, 2021. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/olho-vivo/pra-que-serve-a-arte/>. Acesso em 27 Jan 2021.

 

A importância da arte na formação cultural e social

 

ARTE

A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.

Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar felizes quando estamos tristes. Ela funciona como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da sociedade.

Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por formas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas. Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte.



Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/artes/arte.htm

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O que é a Filosofia Cristã

 


Por Filosofia Cristã compreende-se um sistema de pensamento que se distinguiu do helênico (grego) e de outros como os chineses, os hindus, etc., por ser um sistema orientado pela verdade revelada por Jesus, o Cristo. Já o estudo dos dogmas cabe à Teologia, que tenta explicá-los e aplicá-los.

A Filosofia Cristã, que pressupõe a verdade dos dogmas, parte tão somente de evidências racionais para explicar Deus e o mundo, mas não se contrapõe aos dogmas.

Vê-se assim que os filósofos cristãos se apoiam na fé para melhor compreenderem a realidade, enquanto esta mesma fé dita metas a serem alcançadas pela razão, evitando que erros ou desvios em suas inquirições aconteçam. A relação que vemos aqui é, então, a de tentar harmonizar ou elucidar a fé através da razão, relação que é conflituosa e marcou distinções mesmo dentro do próprio corpo de filósofos cristãos. Vejamos essas distinções:

• Creio porque absurdo: essa máxima representava aqueles pensadores cristãos que julgavam fé e razão irreconciliáveis e subjugavam a razão à superioridade da fé;

• Creio para compreender: já essa máxima representava o espírito daqueles que julgavam ambos os domínios conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé;

• Compreender para crer: que fazia parte daqueles que não apostavam numa conciliação entre fé e razão, mas atestavam o campo próprio de cada uma, devendo, portanto, serem tratadas isoladamente.

Dessa forma, entende-se a diferença entre os pensadores antigos e os cristãos. Os gregos compreendiam o lógos como instrumento de conhecimento da realidade em um esforço para encontrar seu lugar no cosmos, já que se entendiam como fazendo parte da natureza. Era o amor, Eros, o desejo que animava a busca para alcançar a virtude máxima, o Bem supremo e a perfeição do inteligível puro, porém inatingível. A esse impulso erótico, contrapõe-se o amor cristão, o Ágape, a caridade, o amor de Deus-criador para com suas criaturas, pois Ele é perfeito e necessário, criou as coisas por causa do Bem que provém Dele, gratuitamente. Deus é o próprio Lógos, o Verbo que se revela como aquele que é (essencial e existencialmente) como princípio do universo e única fonte de sabedoria e verdade das coisas, dos homens e do mundo que são criadas por vontade de Deus.

Portanto, o conhecimento que provém da palavra de Jesus, que é o Deus encarnado, é uma demonstração de amor para aqueles que o reconhecem, ensinando-lhes a humildade e, a partir de sua ressurreição, sendo o caminho da esperança e da salvação dos pecados. Mas, como dito acima, a prática dos ensinamentos, os rituais, etc. fazem parte da Teologia. À Filosofia cabe o estudo racional das provas da existência de Deus, debate este, aliás, que foi a temática da nova Paideia ou educação dos tempos medievos.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

 

Fonte da pesquisa: CABRAL, João Francisco Pereira. "Filosofia Cristã"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/filosofia-crista.htm. Acesso em 18 de janeiro de 2021.

Importância da leitura

 


Além de aumentar o conhecimento, o hábito da leitura aprimora o vocabulário e ajuda na construção textual.

Um dos grandes desafios dos professores da educação básica é ensinar a leitura para os alunos, mas ensinar não só a decifrar códigos, e sim a ter o hábito de ler. Seja por prazer, seja para estudar ou para se informar, a prática da leitura aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a interpretação. Infelizmente, com o avanço das tecnologias do mundo moderno, cada vez menos as pessoas interessam-se pela leitura.

Um ato de grande importância para a aprendizagem do ser humano, a leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a escrita. O contato com os livros ajuda ainda a formular e organizar uma linha de pensamento. Dessa forma, a apreciação de uma obra literária é uma aliada na hora de elaborar uma redação.

A leitura também pode ser uma opção para as férias, pois é uma ótima técnica para memorização de conteúdos. Assim, o aluno continua em contato com a escola, mesmo não indo às aulas.

O hábito da leitura pode também funcionar como um exercício de fixação, pois boa parte dos assuntos estudados na escola é ensinada apenas na teoria. Além disso, durante a leitura, é possível notar faces diferentes de um mesmo assunto, descobrindo um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas.

Criar o hábito

É comum algumas pessoas dizerem que não têm paciência para ler um livro, no entanto, é tudo uma questão de hábito, de transformar a leitura em prazer. Vale lembrar que, além dos livros didáticos, previstos em diversas etapas dos estudos, é importante buscar outras obras de interesse, independentes do conteúdo.

Por isso, mesmo cumprindo o cronograma escolar ou lendo as obras para o vestibular, por exemplo, os estudantes podem dedicar-se a leituras descompromissadas, fazendo das férias tempo propício para isso. Poesias, romances, epopeias, vale tudo quando a intenção é viajar pelas páginas de uma obra literária. Jornais, revistas e periódicos também são ótimos aliados de leitores assíduos.

O hábito da leitura deve ser estimulado ainda na infância para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e, acima de tudo, prazeroso. Uma leitura realizada com prazer desenvolve a imaginação, a escuta atenta e a linguagem das crianças.

Sugestões

Falar de leitura é muito subjetivo, pois ela está inteiramente ligada a gostos pessoais. Por isso, sugerir textos ou obras pode ser uma tarefa muito arriscada. No entanto, diante da riqueza da Literatura Brasileira, algumas obras e autores não podem passar despercebidos, haja vista a sua importância para nossa cultura.

Além daquilo que já é cobrado pelos professores nos tempos de escola, os principais vestibulares do Brasil incluem em suas provas algumas obras que a maioria dos estudantes já teve ou terá contato uma vez na vida. Pensando nisso, preparamos uma lista de livros que costumam cair nas provas e que são ótimas dicas de leitura.

• Contos, de Machado de Assis

• Capitães da Areia - Jorge Amado

• Vidas Secas - Graciliano Ramos

• Dom Casmurro - Machado de Assis

• A Hora da Estrela - Clarice Lispector

• Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

• Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida

• Dois Irmãos - Milton Hatoum

• Iracema - José de Alencar

• O Guarani - José de Alencar

 

Por Rafael Batista
Equipe Brasil Escola

 

Fonte da pesquisa: BATISTA, Rafael. "Importância da leitura"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/ferias/a-importancia-leitura.htm. Acesso em 18 de janeiro de 2021.

 

 

 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Férias - Uma boa indicação de filme


Olá pessoal, nossas férias chegaram! Para vivenciar ainda melhor as férias, nada mais gostoso que poder relaxar e assistir um bom filme juntos das pessoas que mais gostamos. 

 

Por isso, trago para vocês uma indicação maravilhosa de filme para toda a família! 


DIVERTIDAMENTE 

Esse filme é muito bom, tem diversas abordagens reflexivas que vão nos ajudar a conhecer melhor como funcionam nos sentimentos e emoções, além de trazer muita diversão para você e sua família!

 

SINOPSE DO FILME 

 

Lançada em 2015, a animação Divertida Mente (no original Inside Out) tem como protagonista a menina Riley, que se vê obrigada a mudar de cidade com os pais.

Acompanhamos o seu processo de adaptação na vida nova e assistimos como as cinco emoções (Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho) regem o seu comportamento. Através de personagens lúdicos observamos o funcionamento cerebral de Riley e como ela se comporta socialmente.

Divertida Mente trata de um tema complexo (a máquina do nosso pensamento) a partir de uma abordagem singela e didática. Não por acaso, o longa-metragem recebeu os mais importantes prêmios de melhor filme de animação (Oscar, BAFTA e Globo de Ouro).

Fonte de pesquisa: https://www.culturagenial.com/filme-divertida-mente/

Por: Rebeca Fuks

Doutora em Estudos da Cultura

 

 

 



Feliz Ano Novo!

 É hora de receber o  Ano Novo  com alegria e esperança no coração. De deixar o ruim no passado, e abraçar o futuro com otimismo. Vamos faze...