segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Anita Malfatti

 


Anita Malfatti, pintora brasileira, nasceu em 2 de dezembro de 1889, em São Paulo. Aprendeu a pintar com a mãe. No entanto, a artista estudou, em 1914, na Academia Imperial de Belas Artes, na Alemanha, e, em 1915 e 1916, na Arts Students League of New York e na Independent School of Art, nos Estados Unidos. Sua primeira exposição individual ocorreu em 1914, em São Paulo, mas a de 1917 é a mais famosa, devido à sua importância para o modernismo brasileiro.

 

A artista participou da Semana de Arte Moderna de 1922, evento artístico em comemoração ao centenário da independência do Brasil e responsável por divulgar as novas tendências da arte brasileira, isto é, o modernismo, movimento que rompeu com a arte tradicional para criar uma arte moderna, inovadora, independente e nacional. Assim, a criadora da tela O homem amarelo teve seu auge no modernismo, mas, com a maturidade artística, optou por fazer uma arte mais espontânea, com temática pautada na cultura popular, até a sua morte, em 6 de novembro de 1964.

 

Biografia de Anita Malfatti

 

Anita Malfatti nasceu em 2 de dezembro de 1889, em São Paulo. Sua mãe, Bety Malfatti (1866-1952), foi quem lhe ensinou a pintar. No entanto, a jovem pintora possuía uma atrofia no braço e na mão direita, e, em função disso, desenvolveu a habilidade da mão esquerda, com a qual pintava. Suas primeiras pinturas remanescentes datam do ano de 1909. No ano seguinte, a pintora mudou-se para a Alemanha, onde permaneceu até 1914. Nesse país estudou na Academia Imperial de Belas Artes, além de ter contato com o expressionismo.

Nos anos de 1915 e 1916, Anita Malfatti morou em Nova Iorque, onde estudou na Arts Students League of New York e na Independent School of Art. Apesar de sua primeira exposição individual ter ocorrido em 1914, em São Paulo, a pintora só ficou conhecida em 1917, devido a uma crítica negativa feita pelo escritor Monteiro Lobato (1882-1948). De todo modo, a pintura modernista, da qual Anita Malfatti é considerada a precursora, ganhou força com a realização da Semana de Arte Moderna de 1922.

Nessa época, ela fez parte do Grupo dos Cinco, um grupo de artistas composto por:

·        Tarsila do Amaral (1886-1973),

·        Mário de Andrade (1893-1945),

·        Oswald de Andrade (1890-1954)

·        Menotti del Picchia (1892-1988).

Em 1923 foi estudar em Paris, e só voltou ao Brasil em 1928 para ensinar desenho e pintura. A partir daí, a artista foi relativamente afastando-se do modernismo.

A pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora Anita Malfatti participou do Salão Revolucionário, da Sociedade Pró-Arte Moderna, do Salão Paulista de Belas Artes e, em 1937, integrou-se à Família Artística Paulista, além de tornar-se presidente do Sindicato de Artistas Plásticos de São Paulo, em 1942. Assim, a partir da década de 1940, a pintora passou a produzir uma pintura mais centrada na cultura popularMorreu em 6 de novembro de 1964, em São Paulo.

 

Estilo artístico de Anita Malfatti

Anita Malfatti foi uma artista do modernismo brasileiro, estilo de época inaugurado na Semana de Arte Moderna de 1922. Esse movimento realizou uma quebra com a arte tradicional, isto é, a arte acadêmica, com o intuito de criar uma arte independente e nacional. Dessa forma, o nacionalismo foi uma das principais características do modernismo brasileiro, movimento que, a princípio, esteve muito centrado no contexto urbano.

A exposição de Anita Malfatti, em 1917, é considerada, pelos estudiosos, um dos principais acontecimentos artísticos que levaram à realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Portanto, a artista foi uma precursora, no Brasil, da “arte nova” ou arte moderna, que teve seu auge entre os anos de 1922 e 1930, período mais radical do movimento, a “fase de destruição”.

modernismo no Brasil sofreu influência das vanguardas europeiasisto é, de movimentos como:

·        Cubismo

·        Futurismo

·        Dadaísmo

·        Surrealismo

·        Expressionismo

Principalmente nas artes plásticas, traços característicos desses movimentos podem ser identificados. Assim, inicialmente, Anita Malfatti, influenciada pelo expressionismo, imprimiu, em suas obras, marcas dessa estética.

Nas obras desse seu período inicial, é possível observar uma trabalho experimental com a luz, no abandono da técnica tradicional do claro-escuro. A artista não se preocupou com a representação fidedigna, isto é, naturalista, da realidade. Imagens com contornos grossos e ondulantes também podem ser identificadas. Além disso, a temática nacionalista fez-se presente, como na obra Tropical, de 1917.

No entanto, ainda na década de 1920, Malfatti começou a afastar-se do modernismo, sem, contudo, romper com o movimento. A pintora interessou-se pelo fauvismo, ou seja, passou a utilizar cores mais intensas, caminhou para a temática regionalista, voltou a dialogar com a pintura clássica e, por fim, buscou expressar-se de forma mais original. No auge de seu amadurecimento, sua pintura atingiu a espontaneidade, a independência em relação a movimentos estéticos, e passou a privilegiar temas da cultura popular.

 

Semana de Arte Moderna

 

Em comemoração ao centenário da independência do Brasil, jovens artistas brasileiros decidiram fazer um evento para apresentar as novas tendências da arte brasileira, influenciada pelas vanguardas europeias. Assim, de 13 a 18 de fevereiro de 1922, ocorreu a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. Ali foram realizadas exposições, conferências e concertos, com a presença de artistas como:

·        Oswald de Andrade

·        Guilherme de Almeida (1890-1969)

·        Menotti del Picchia

·        Mário de Andrade

·        Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

·        Anita Malfatti

A Semana foi inaugurada em 13 de fevereiro de 1922, com a conferência do escritor Graça Aranha (1868-1931). Na segunda noite, Ronald de Carvalho (1893-1935) leu o poema Os sapos, de Manuel Bandeira (1886-1968). O poema foi vaiado pela plateia, composta por membros da elite paulistana acostumados à arte tradicional. Na terceira noite, Villa-Lobos apresentou-se de chinelo, o que provocou a rejeição de parte do público. Além disso, a mídia conservadora também atacou o novo movimento que surgia e que, a princípio, foi confundido com o futurismo.

Durante a Semana de Arte Moderna, Anita Malfatti contribuiu com 20 trabalhos. Entre eles estava sua obra O homem amarelo. Fez parte, portanto, dos primórdios do modernismo brasileiro. Suas pinturas estavam entre as 100 obras expostas no evento e dividiram o espaço com os trabalhos dos seguintes artistas:

·        Di Cavalcanti (1897-1976)

·        Ferrignac (1892-1958)

·        John Graz (1891-1980)

·        Vicente do Rego Monteiro (1899-1970)

·        Zina Aita (1900-1967)

·        Yan de Almeida Prado (1898-1991)

·        Antonio Paim Vieira (1895-1988)

 

Por Warley Souza
Professor de Literatura

 

Fonte: https://m.brasilescola.uol.com.br/artes/anita-malfatti.htm

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Qual é a origem da Quaresma ?



 Dentre todas as solenidades cristãs, o primeiro lugar é ocupado pelo mistério pascal, porque devemos nos preparar para vivê-lo convenientemente. Por isso, foi instituída a Quaresma, um tempo de 40 dias para chegarmos dignamente à celebração do Tríduo Pascal.

 

A Quaresma, como prática obrigatória, foi instituída no século IV, mas, desde sempre, os cristãos se preparavam para a Páscoa com oração intensa, jejum e penitência. O número de 40 dias tem um significado simbólico-bíblico: 40 são os dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus. Guiados por esse tempo e pelas práticas – como que guiados por uma bússola –, buscamos os tesouros da fé para crescer no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

“Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Cf. Joel 12, 12-13).

 

Quaresma é tempo de conversão e penitência

 

Este tempo de 40 dias foi inspirado numa grande catequese que a Igreja primitiva realizava. Ela durava 40 dias, tempo em que os pagãos (catecúmenos) se preparavam para receber o batismo no Sábado Santo, dentro da Solenidade da Vigília Pascal. Acompanhavam também os irmãos que tinham cometido pecados graves para retornarem à fé. Esse tempo era marcado pela penitência e oração, pelo jejum e escuta da Palavra de Deus. Eles eram os “penitentes”, os quais renovavam a fé e recebiam o batismo ou eram reintegrados à comunidade no Sábado Santo.

 

Na Quarta-feira de Cinzas, iniciamos o tempo mais rico e profundo da liturgia. Na verdade, esse tempo, que abrange a Quaresma, a Semana Santa e Páscoa até o Pentecostes, é um grande retiro, centro do Mistério de Cristo e da nossa fé e salvação. Tempo privilegiado de conversão e combate espiritual, de jejum medicinal e caritativo. A Quaresma ainda é, sobretudo, tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais profunda que recorda aos cristãos os grandes temas batismais em preparação para a Páscoa.

 

Toda a nossa vida se torna um sacrifício espiritual, que apresentamos continuamente ao Pai, em união com o sacrifício de Jesus sofredor e pobre, a fim de que, por Ele, com Ele e n’Ele, seja o Pai em tudo louvado e glorificado. Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial para cada cristão pessoalmente e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e termina com a noite da luz e do fogo, a noite santa da Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Vamos refletir sobre os rumos de nossa espiritualidade até a Páscoa de Nosso Senhor Jesus, ou seja, a vida nova que o Ele tem para nós, os exercícios quaresmais de conversão. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas manda proclamar o Evangelho em que Nosso Senhor fala sobre esmola, oração e jejum, conforme Mateus 6,1-8.16-18.

 

 

Texto de Padre Luizinho, natural de Feira de Santana (BA), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 22 de dezembro de 2000, cujo lema sacerdotal é “Tudo posso naquele que me

dá força”. Twitter: http://@peluizinho

 

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/qual-e-a-origem-da-quaresma/

 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Campanha da Fraternidade de 2021 terá como lema “fraternidade e diálogo: Compromisso com amor

 


Todos os anos, a Igreja do Brasil nos convida, no período da Quaresma, a viver a Campanha da Fraternidade, como forma concreta de testemunhar o Evangelho de Cristo.

Para isto, a cada ano, a Igreja nos apresenta um tema para ser refletido, rezado, e colocado em pratica. Em 2021, o tema proposto é “Cristo é a nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14a) e o lema: “Fraternidade e diálogo: Compromisso de Amor.”

O objetivo da CF é despertar para o sentido da vida como dom e compromisso, recriando relações fecundas na família, na comunidade e na sociedade, à luz da palavra de Deus.

Outro ponto importante é que a CF 2021 será ecumênica, buscando o diálogo com outras denominações cristãs. Esta será a quinta Campanha Ecumênica realizada no Brasil, e o seu objetivo geral é convidar as comunidades de fé e as pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem um caminhar para superar as polarizações e violências, por meio do diálogo amoroso, testemunhando a unidade da diversidade.

 

Fonte: https://www.radiofandango.com.br/brasil/2021/02/04/38352/campanha-da-fraternidade-de-2021-tera-como-lema-fraternidade-e-dialogo-compromisso-com-amor/#:~:text=Em%202021%2C%20o%20tema%20proposto,di%C3%A1logo%3A%20Compromisso%20de%20Amor.%E2%80%9D

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Arte Cristã Primitiva – 6º anos (ARTE)

 


A partir de 313, a expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença. De acordo com as bases fundamentais do Edito de Milão, documento oficial outorgado pelo Imperador Constantino, o cristianismo passava a ser uma religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se proliferaram e abriram espaço para um novo campo de expressão para tal arte.

Os primeiros templos cristãos foram visivelmente influenciados pela tradição arquitetônica dos prédios públicos romanos. Uma das maiores manifestações dessa influência é vista na utilização da palavra “basílica” para nomear as igrejas. Antes de tal acontecimento, esse mesmo nome era somente empregado para os prédios que cuidavam da administração do império.

Sendo uma verdadeira homenagem à confissão cristã, essas primeiras igrejas construídas tinham um projeto arquitetônico bastante elaborado. Os recursos financeiros utilizados eram elevados, pois se tinha uma grande preocupação com a solidez da obra construída. Internamente, as primeiras basílicas cristãs eram dotadas de um grande teto segmentado em três grandes abóbodas ogivais apoiadas por ogivas menores que, por sua vez, eram sustentadas por várias colunas.

Em algumas situações, por conta da falta de conhecimento do arquiteto ou pela simples contenção de despesas, algumas igrejas contaram com um projeto menos elaborado. Contudo, vemos que parte considerável dessas igrejas valorizava a concepção de espaços amplos que pudessem se adequar à congregação de vários seguidores do cristianismo. Além disso, as paredes eram ricas em pinturas que faziam referência a passagens bíblicas.

As pinturas que aparecem nessa época assinalam bem o estado de hibridação cultural vivido no mundo romano. Muitas das imagens representadas no interior destas igrejas, que faziam sentido ao culto cristão, também poderiam despertar os sentidos dos seguidores das demais religiões pagãs. A representação de videiras nos arabescos das basílicas que poderia ter origem nos rituais dionisíacos, agora, no contexto cristão, fazia referência ao sagrado ritual eucarístico.

Além dessa fusão, percebemos que a liberação do culto propiciou a inauguração de uma série de novos elementos que integraram a iconografia cristã. Como exemplo, podemos citar uma interessante imagem presente na Igreja de Santa Constanza. Em tal construção, podemos apreciar a imagem do Cristo em um cenário paradisíaco entregando as leis nas mãos dos apóstolos Pedro e Paulo.

Ainda durante o século IV, temos que ainda destacar as ações tomadas pelo Imperador Teodósio. Por meio dos poderes a ele concedidos, este governante romano, no ano de 391, elevou o cristianismo à condição de religião oficial de todo o Império Romano. Dessa forma, podemos compreender por quais razões a pintura e a arquitetura cristã se desenvolveram tanto nesse espaço de tempo.


Veja mais:
Arte cristã primitiva – A fase catacumbária


Por Rainer Sousa
Mestre em História



Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/artes/arte-crista-primitiva-1.htm

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O que é a Inteligência Emocional?

 


A inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as emoções voltadas em prol de si mesmo. Para que um indivíduo se desempenhe bem esse necessita de inteligência intelectual, flexibilidade mental, objetivos traçados, equilíbrio emocional e determinação. Adquirindo a capacidade de se auto-conhecer, lidar com os sentimentos, controlando-os, administrando as emoções, levando-as a serem influenciadas pelos objetivos, relacionando-se e observando o emocional de outras pessoas.

As emoções muitas vezes influenciam as pessoas em suas decisões e isso significa que esta se mantém positivamente ativa já que colabora com o amplo e global crescimento do indivíduo. Pode ser desenvolvida positivamente já que possui tanta influência sobre as pessoas através das observações e avaliações do próprio comportamento e sentimento, ocultando sentimentos como raiva, desânimo, frustração e substituindo-os por bom-humor, entusiasmo, positivismo.

Por Gabriela Cabral



Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/inteligencia-emocional.htm

 

Feliz Ano Novo!

 É hora de receber o  Ano Novo  com alegria e esperança no coração. De deixar o ruim no passado, e abraçar o futuro com otimismo. Vamos faze...