segunda-feira, 29 de março de 2021

Semana Santa: o significado de cada dia da celebração da Paixão de Cristo

 


A Igreja Católica dá início neste Domingo de Ramos, 28 de março – a Semana Santa que se estende até o próximo domingo, dia 4 de abril – domingo de páscoa.  A Semana Santa é o momento central da liturgia católica romana e é a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Este ano, novamente, a vivência desse momento será diferente por causa das exigências sanitárias impostas diante do avanço da pandemia da Covid-19. Em muitas regiões do país, as celebrações serão mais simples, com a presença limitada ou sem a presença física de fieis nas Igrejas.

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

Segunda-feira Santa

Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.

Terça-feira Santa

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre no caminho a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.

Quarta-feira Santa

Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.

Quinta-feira Santa

Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

Instituição do sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

Sexta-feira Santa – A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.

Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando na oração e no jejum Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).

Domingo da Ressurreição

É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

 

segunda-feira, 22 de março de 2021

AGENDA DE FILOSOFIA - 22 a 26 de MAIO

 



FILOSOFIA – 6° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO - ATIVIDADES – PÁG. 16 E 17

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 A 7 (QUESTÕES 1 A 3)

 

FILOSOFIA – 7° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 17 (REFLEXÃO DIVERTIDA)

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 19 (ÉTICA E CIDADANIA)

 

FILOSOFIA – 8° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 16 A 18 (CONEXÕES) LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 E 5 (QUESTÕES 1 A 5)

 

FILOSOFIA – 9° ANO

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 A 6 (QUESTÕES 1 A 4)

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 16 A 18 (QUESTÕES 1 E 2)

 

Quem foi Aristóteles (384-322 a.C.)?

 


Nasceu em Estagira (por isso chamado "o Estagirita"), na Macedônia, em 384 a.C. Viveu em Atenas desde 367, filho de Nicômaco, médico do rei Amintas II da Macedônia (pai de Filipe), descendente de uma das famílias de Asclépiades, eram famílias que se dedicavam à arte da medicina e cujos ensinamentos eram transmitidos de pai a filho. Foi por vinte anos discípulo de Platão. Com a morte do mestre, instalou-se, provavelmente instigado por Platão, em Assos, na Tróade, na corte do tirano Hérmias de Atarnéia. Ali inicia os seus ensinamentos e elaborar suas pesquisas biológicas ao mesmo tempo em que participa da vida política, o que virá acarretar em um primeiro exílio com o assassinato de Hérmias. É chamado em 343 à corte de Filipe da Macedônia para cuidar da educação de seu filho, que passaria à história como Alexandre o Grande. Pouco depois da morte de Alexadre, Aristóteles retorna à Atenas, onde funda o Liceu, escola rival da Academia, Aristóteles ensinava sob um pórtico. Durante 13 anos dedicou-se ao ensino e à elaboração da maior parte de suas obras. Se com Platão a filosofia já havia alcançado extraordinário nível conceitual, pode-se afirmar que Aristóteles - através do rigor de sua metodologia, pela amplitude dos campos em que atuou e por seu empenho em considerar todas as manifestações do conhecimento humano como ramos de um mesmo tronco - foi o primeiro pesquisador científico no sentido atual do termo.

Todas as obras publicadas por Aristóteles se perderam, com exceção da Constituição de Atenas, descoberta em 1890. As obras conhecidas resultaram de notas para cursos e conferências do filósofo, ordenadas por alguns discípulos e depois, de forma mais sistemática, por Adronico de Rodes (c. 60 a.C.).


As principais obras de Aristóteles, agrupadas por matérias, são:


(1) Lógica: Categorias, Da interpretação, Primeira e segunda analítica, Tópicos, Refutações dos sofistas;
(2) Filosofia da natureza: Física;
(3) Psicologia e antropologia: Sobre a alma, além de um conjunto de pequenos tratados físicos;
(4) Zoologia: Sobre a história dos animais;
(5) Metafísica: Metafísica;
(6) Ética: Ética a Nicômaco, Grande ética, Ética a Eudemo;
(7) Política: Política, Econômica;
(8) Retórica e poética: Retórica, Poética.


Aristóteles compreendeu a necessidade de integrar de forma coerente o pensamento anterior a sua própria pesquisa. Por isso começa procurando resolver as contradições do conhecimento do ser acumuladas por seus antecessores: unidade e multiplicidade, percepção intelectual e percepção sensível, identidade e mudança, problemas fundamentais, ao mesmo tempo, do ser e do conhecimento.

O projeto de Aristóteles visa, em última análise, restabelecer a unidade do homem consigo mesmo e com o mundo, tanto quanto o projeto de Platão, baseado numa visão do cosmos. Entretanto, Aristóteles censura Platão por ter seguido um caminho ilusório, que retira a natureza do alcance da ciência. Aristóteles procura apoio na psicologia. O ser existe diferentemente na inteligência e nas coisas, mas o intelecto ativo, que é atributo da primeira, capta nas últimas o que elas têm de inteligível, estabelecendo-se dessa forma um plano de homogeneidade.

Com a morte de Alexandre (323), Aristóteles teve de fugir à perseguição dos democratas atenienses, refugiando-se em Cálcide, na Eubéia, onde morreu em 322 a.C.

RESENHA DE OBRAS (Os Pensadores)



*TÓPICOS – Integra o Organon – conjunto de escritos lógicos de Aristóteles – e examina os argumentos que partem de opiniões geralmentes aceitas. Aqui se situa a dialética, na concepção aristotélica: a arte da discussão e do confronto de opiniões, importante exercício intelectual que prepara o espírito para a construção da ciência. As atuais pesquisasobre a lógica do pensamento não formalizável, desenvolvidas pela Teoria da Argumentação ou Nova Retórica, ressaltam o interesse dos Tópicos para a compreensão da estrutura da argumentação utilizada não apenas pela linguagem corrente, como também pela Publicidade, pela Jurisprudência, pelas CiênciasSociais e pela Filosofia

* DOS ARGUMENTO SOFÍSTICOS


Complementam os Tópicos e investigam os principais tipos de argumentos capciosos: aqueles que são um simulacro da verdade, aparentando ser genuínos quando de fato são falsos.

* METAFÍSICA


Uma das obras que mais influenciaram o desenvolvimento da filosofia ocidental, Aristóteles investiga as causas do surgimento da especulação filosófica, a partir de outras atividades humanas, e oferece sua interpretação crítica das doutrinas dos filósofos que o antecederam - preparando a exposição de suas próprias idéias.

* ÉTICA A NICÔMACO


Aplicando à análise do agir humano seus postulados metafísicos. Aristóteles discute conceitos éticos fundamentais, como felicidade e virtude, detendo-se na apreciação de várias virtudes particulares.

* POÉTICA


O que é poesia, suas diferentes espécies, suas origens, a comédia e a tragédia, poesia e história - são alguns dos temas dessa obra de Aristóteles que marcou profundamente os estudos posteriores sobre a arte literária.

Fonte: "Aristóteles (384-322 a.C.)" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021. Consultado em 22/03/2021 às 18:59. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/bio_popup.php?id=59

 

segunda-feira, 15 de março de 2021

Como podemos melhorar o nosso equilíbrio emocional?

 


O equilíbrio emocional é aquele lugar onde nos sentimos bem, onde podemos correr os riscos que escolhemos nos permitir, onde fazemos os outros crescerem conosco.

Vamos começar definindo conceitos. O que é o equilíbrio emocional? O equilíbrio é estabilidade, que não é necessariamente equidistante dos extremos. É o estado de calma, embora haja flutuações. Não é sinônimo de quietude, mas é sinônimo de harmonia.

Quanto à parte emocional, refere-se ao estado de encontro consigo mesmo, de conhecimento pessoal, de gestão de emoções e sentimentos e de expressão adequada de todos eles. Como podemos alcançar o nosso equilíbrio emocional?

Para alcançar uma harmonia percebida por si mesmo, precisamos de uma conexão entre a parte interna e a parte externa, nosso mundo externo. Alcançar esse equilíbrio exigirá autoconhecimento. Conhecer a si mesmo implica autoconsciência. Saber se definir, saber se questionar, não ter medo de se expor, tolerar a incerteza.

Embora possa parecer uma tarefa simples, leva tempo e, é claro, envolve a necessidade de uma prática diária. O autoconhecimento é uma viagem ao nosso íntimo, mas posso garantir que será uma das melhores experiências e relacionamentos que você pode ter. Permita-se ser e se encontrar, permita-se sentir emoções e medos. Saiba quem você é e como você é. Saiba por que você é e como pode se tornar tudo que você deseja e pode ser.

Equilíbrio emocional como ponto de partida e objetivo final

Depois de iniciar a jornada do autoconhecimento e da descoberta das emoções que vivenciamos em todos os momentos, desenvolvemos o controle e a regulação.

As emoções são um tesouro que todos possuímos; elas nos informam que existe uma conexão entre o que acontece fora e o que vivemos dentro. As emoções nos ensinam e nos protegem, nos acolhem e nos dão força. 

As emoções dependem e trabalham para mim, elas exigem ação e mudança. O controle e a regulação vêm depois do conhecimento prévio; quando sou capaz de identificar e saber, posso decidir o que fazer e como fazer.

Se você acredita que cumpre essa gestão e controle emocional, proponho um exercício: leia cada uma dessas emoções e vá respondendo às seguintes questões: amor, raiva, saudade, medo, decepção, admiração, satisfação.

  • Como você pode saber que sente cada uma dessas emoções?
  • Que sintomas físicos e pensamentos você tem quando as experimenta?
  • Como você as demonstra ao mundo exterior?
  • Como é o seu relacionamento interpessoal quando você vivencia cada uma delas?
  • Você sabe quais situações/pessoas/pensamentos podem causá-las?

O motor que nos guia

Qual será o próximo passo para trabalhar o equilíbrio emocional? A automotivação. Quando conseguimos alcançar o autoconhecimento e regulamos as nossas emoções de forma adequada, somos capazes de focar nossos esforços todos dias para conquistar o que queremos e o que nos faz felizes.

A nossa construção pessoal requer tempo e carinho. O controle e a regulação das emoções exige força de vontade e trabalho, tanto pessoal quanto interpessoal. Para potencializar a automotivação, precisamos de vários ingredientes essenciais, como o otimismo, a tomada de iniciativa e de decisões, a vontade de vencer e o comprometimento.

Direcionar nossos esforços não é uma tarefa simples, mas se conseguirmos ser tenazes, nos apoiando nas nossas emoções e na nossa confiança em nós mesmos, se adquirirmos a capacidade de permanecer, ainda que seja difícil, estaremos cada dia mais perto do nosso equilíbrio emocional.

Empatia e habilidades sociais

Qual é a utilidade de crescer se não podemos compartilhar o caminho? Depois de concretizar a parte individual do trabalho pessoal, que exige renovações contínuas, surge a parte social. A empatia e o contato com o outro nos ajudam a continuar o nosso desenvolvimento, a experimentar novas emoções e a nos nutrirmos de tudo que os outros nos dão.

Desenvolver e fazer as relações interpessoais funcionarem faz parte de uma jornada pessoal; portanto, as habilidades sociais nos permitem crescer e fortalecer o equilíbrio emocional. Somos seres sociais e de nada adianta ter todo o sucesso ou felicidade se não pudermos compartilhá-lo.

O crescimento pessoal vem com o trabalho, mas a recompensa de alcançar a estabilidade e o equilíbrio emocional é o maior presente.

 Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/como-melhorar-o-nosso-equilibrio-emocional/


Agenda semanal de Filosofia

 


FILOSOFIA – 6° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO - ATIVIDADES – PÁG. 16 E 17

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 A 7 (QUESTÕES 1 A 3)

 

FILOSOFIA – 7° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 10 (QUESTÕES – 1 A 4)

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 E 5 (QUESTÕES 1 E 3)

 

FILOSOFIA – 8° ANOS

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 16 A 18 (CONEXÕES) LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 E 5 (QUESTÕES 1 A 5)

 

FILOSOFIA – 9° ANO

·        LIVRO DE ATIVIDADES – PÁG. 4 A 6 (QUESTÕES 1 A 4)

·        LIVRO DIDÁTICO – PÁG. 16 A 18 (QUESTÕES 1 E 2)

 

domingo, 7 de março de 2021

CONHEÇA O PODER DA EMPATIA

 


É preciso que haja sintonia e sentimento para se colocar no lugar do outro.

 Já parou para pensar no quanto ainda existem pessoas que não compreendem o real significado da palavra empatia? No quanto temos pensado, enquanto sociedade, apenas em nossos próprios interesses, sem nos preocuparmos com o que as pessoas ao nosso redor vêm enfrentando?

Acredito, verdadeiramente, na necessidade de fazer reflexões como estas e muitas outras em nossa vida, pois somente através de pensamentos assim e do desenvolvimento da capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, é que conseguiremos construir um mundo cada vez melhor para se viver.

Autoconhecimento é o primeiro passo para poder compreender melhor as outras pessoas.

O que é empatia?

Essa palavrinha mágica e poderosa, de origem grega, significa ter a habilidade de entender a necessidade do outro. É sentir o que uma pessoa está sentindo, se colocar no lugar dela é ver o mundo pela sua perspectiva. É ter a sensibilidade de ouvir alguém na essência e entender os seus desconfortos e suas alegrias, ver suas vitórias, conquistas e se alegrar, ver suas tristezas e se convalescer.

De modo geral, a empatia é a capacidade que uma pessoa tem de vivenciar a dor e a alegria de outra, mesmo que a ligação entre elas não seja algo extraordinário, surreal ou de outra vida. Basta apenas que se tenha o coração aberto para entender que cada ser humano é único e passa por situações distintas, que acabam por moldá-lo.

O que quero dizer é que não é necessária uma relação entre os envolvidos, ou seja, pode-se ver a empatia agindo em torno de pessoas desconhecidas, mas que estejam vivenciando algo em um mesmo espaço e tempo.

É importante ressaltar, que não podemos simplesmente ver os problemas e as alegrias de alguém com nossos olhos, como se fossem nossos, com a nossa vivência, nossa história de vida, com a nossa bagagem emocional, achando que absorvemos o que o outro está passando.

Cada um passa por uma série de acontecimentos que forma sua personalidade e sua vida, não podemos achar que alguém tem um problema pequeno ou uma felicidade exacerbada porque não vemos assim, cabe a nós tentar simpatizar dos sentimentos do outro e compartilhar destes.

 

Empatia é para todos?

De forma clara e direta, não!

Empatia é um sentimento, é uma qualidade do ser humano. Porém, não são todas as pessoas que conseguem desenvolver essa habilidade. Não são todos os que nascem com empatia arraigada em seu ser. Alguns possuem grande dificuldade de desenvolvê-la.

Desenvolver a empatia demanda inteligência emocional e psicológica, sendo esta já existente ou a ser desenvolvida. Nem todos possuem uma grande inteligência emocional para lidar com situações onde a empatia se faz necessária, mas é algo a ser desenvolvido.

Se você parar e pensar, vai ver que para ter empatia, é preciso, minimamente, saber ouvir e simpatizar com as dificuldades do outro. O que quero dizer é que aquelas pessoas que possuem traços de psicopatia em sua personalidade, geralmente, não conseguem ou não possuem a habilidade de desenvolver a empatia em qualquer forma.

Mas vale lembrar que existem casos de pessoas que não possuem nenhuma psicopatia e ainda assim não conseguem desenvolver o sentimento de empatia por outras pessoas. São, normalmente, pessoas com um grau elevado de egocentrismo e que somente veem suas habilidades pessoais ao passar por problemas ou a lidar com situações adversas.

Para esse tipo de pessoa que não consegue sentir empatia por outras, ainda existe a possibilidade de desenvolver esse sentimento e procurar melhorar a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender as dificuldades que ele está enfrentando, de ajudá-lo a entender que isso tudo são oportunidades de melhoria e de evolução que a vida acaba oferecendo, ainda que demande tempo e esforço, pois este é um caso mais complexo do que os demais.

 

Mas como desenvolver a empatia?

Como foi mencionado no parágrafo acima, é sabido que é possível desenvolver o sentimento de empatia por outra pessoa. Porém, pode ser que isso leve tempo e exija um esforço maior daquele que está em busca deste desenvolvimento.

É importante ter em mente, que o que vale neste processo é a busca e o interesse pela evolução pessoal, pois, de certa forma, sentir empatia por outra pessoa é um sinal de que você está crescendo, já que ao enxergamos as necessidades e os sentimentos dos outros, abrimos nossa mente e o nosso coração para o mundo à nossa volta e caminhamos em direção a um desenvolvimento maior e mais completo.

Com o tempo e com algumas técnicas, a empatia consegue ser desenvolvida e fixada no interior de uma pessoa. Veja algumas dessas técnicas que podem ser trabalhadas desde já:

 

1)     Esteja disposto a ouvir na essência o que aflige a outra pessoa. Quando ouvimos o outro, damos abertura para que ele nos mostre o seu mundo e sua realidade, fazendo deste um lugar seguro para o outro.

 

2)     Tente deixar de lado os preconceitos e julgamentos. Ouvir o que o outro tem a dizer, sem uma carga prévia, nos faz entender melhor o que ele vive e porque age como age.

 

3)     Não faça comparações com outros casos. Cada pessoa possui uma carga emocional própria, quando comparamos diminuímos a situação do outro.

 

4)     Passe a conversar com pessoas diferentes. Ao conversarmos com diversas pessoas vemos diversos pontos de vista e variadas vivências, expandindo nossos horizontes.

 

5)     Estabeleça um laço de confiança com as pessoas, seja sincero e gentil. A gentileza é capaz de grandes maravilhas na vida dos seres humanos.

 

Sentir empatia por uma pessoa ou por um fato que esteja acontecendo com alguém, pode fazer bem tanto para ela quanto para quem tem a capacidade de expressar esse sentimento extraordinário.

O poder que a empatia tem dentro do ser humano é enorme. Se você sente que consegue ter empatia por alguém, passe a prestar mais atenção no que vem acontecendo a sua volta. Caso você não sinta, ou tenha dificuldade neste ponto, comece com pequenos exercícios e gestos, como os que acabei de citar, pois isso mudará seu ponto de vista acerca das pessoas ao redor.

Pequenas transformações acontecem ao longo do tempo, as pessoas passam a te procurar com mais frequência para desabafar ou contar algo que as tem incomodado. Elas confiarão e respeitarão sua opinião cada vez mais e você passará a ser a primeira opção para aqueles que precisam se sentir mais acolhidos.

Para a pessoa que sente empatia por outra, isso pode ser algo transformador. Muitas vezes sentir que está sendo útil para outra pessoa pode ser o que faltava para se sentir verdadeiramente vivo. Perceba que os benefícios existem tanto para quem busca por colo quanto para quem oferece o ombro e viva o lado bom da humanidade.

Basta que seja dado um pequeno passo de cada vez, não é necessária uma revolução para que haja o início.

 

Fonte: https://www.ibccoaching.com.br/portal/conheca-o-poder-da-empatia/

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

O que é a alteridade?

 



A alteridade é o reconhecimento da individualidade e das especificidades do outro ou de um outro grupo. Exercer a alteridade é agir com empatia, respeito e tolerância.

alteridade é o reconhecimento de que existem pessoas e culturas singulares e subjetivas que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras. Reconhecer a alteridade é o primeiro passo para a formação de uma sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante, onde todas e todos possam expressar-se, desde que respeitem também a alteridade alheia.

Significado de alteridade

O dicionário Aurélio traz a seguinte definição de alteridade:

“al.te.ri.da.de - (francês alterité) - substantivo feminino - 1. Qualidade do que é outro ou do que é diferente. - 2. [Filosofia]. Caráter diferente, metafisicamente.”|1|

A palavra alteridade advém do vocábulo latino alteritas, que significa ser o outro, portanto, designa o exercício de colocar-se no lugar do outro, de perceber o outro como uma pessoa singular e subjetiva.

A alteridade é o reconhecimento e o respeito das diferenças entre as pessoas.

A alteridade é o reconhecimento da diferença, tanto no significado linguístico comum  quanto no significado filosófico, pois a alteridade é o que é, por essência e definição, diferente. Segundo Nicola Abbagnano, lexicólogo que publicou um imenso dicionário de termos filosóficos, alteridade significa “ser outro, colocar-se ou constituir-se como outro”|2|.

Alteridade na psicologia

O significado de alteridade para a psicologia não se encontra afastado dos significados filosófico e comum do termo, com a exceção de que os psicólogos serviram-se muito dos estudos antropológicos para incrementar um significado no termo que remete à cultura. O ato de enxergar o outro como um ser singular implica reconhecer que o outro é diferente de você. O reconhecimento da diferença individual é o primeiro passo para o exercício do respeito e da tolerância, pois se você quer que a sua individualidade seja respeitada, é necessário que, antes, você respeite a individualidade do outro.

Segundo o Dicionário de psicologia, alteridade é o “conceito que o indivíduo tem segundo o qual os outros seres são distintos dele. Contrário a ego”|3|. Enquanto o ego é a instância individual, a alteridade leva-nos ao reconhecimento do coletivo.

Nesse sentido, é a alteridade que pode garantir a coesão social, por exemplo. Também é a alteridade e seu reconhecimento a chave para evitar o etnocentrismo, a exploração de outros povos e a escravidão. Pensando com a antropologia, alteridade é o meio pelo qual é possível enxergar nas outras culturas as suas especificidades, evitando o prejulgamento.

Alteridade e etnocentrismo

antropologia originou-se como uma ciência fortemente etnocêntrica. Edward Burnett Tylor e Herbert Spencer, os primeiros antropólogos ingleses, propuseram uma teoria, que chamaram de classificação das raças, extremamente racista e etnocêntrica.

Para os pensadores, havia uma hierarquia das raças que se atestava pela cultura: quanto mais claras as pessoas, mais desenvolvida a cultura, ao passo que as sociedades formadas por pessoas de peles mais escuras tendiam a desenvolver culturas inferiores. Ora, essa visão racista e etnocêntrica, que vinculou o antigo conceito de raça à cultura, vai ao extremo oposto do que diz o significado de alteridade.

Somente o geógrafo e antropólogo alemão, radicado nos Estados Unidos, Franz Boas  conseguiu enxergar a necessidade de desvincular “raça” de cultura. Para o pensador, entender uma sociedade significava entrar nela, aprender a sua língua, conviver com seus nativos e, sobretudo, deixar de lado os preconceitos e a visão da sua própria cultura. Caso contrário, o efeito esperado poderia ser o de olhar para a cultura diferente da sua como sendo inferior.

Outro importante antropólogo do século XX, o polonês Bronislaw Malinowski defendeu que a imersão na cultura deve ser total e completa e que o antropólogo deve passar muito tempo na sociedade em questão para de fato compreendê-la.

Esse exercício, enunciado pela primeira vez por Boas e colocado como método por Malinowski, foi bem descrito no livro Argonautas do Pacífico Sul. Interpretando a obra de Malinowski, podemos dizer que a alteridade é uma peça fundamental ao antropólogo, pois sem ela o estudioso cai na armadilha do etnocentrismo.

Alteridade e empatia

É comum o pensamento de que alteridade e empatia são sinônimos, porém são termos diferentes. Enquanto a empatia refere-se à capacidade de colocar-se no lugar do outro, sentir a dor do outro de maneira imaginária ou por analogia, a alteridade é a capacidade de reconhecer que o outro é daquele jeito porque ele é, essencialmente, diferente de você. Além do reconhecimento da diferença, a alteridade propõe um respeito ético ao outro como ser singular. É na alteridade que surge a tolerância.

Exemplos de alteridade

Segundo o sociólogo polonês contemporâneo Zygmunt Bauman, o mundo está cada vez mais fragmentado. A tendência atual é a do individualismo, um estilo de vida que leva ao egoísmo. Nesse sentido, a alteridade encaixa-se em momentos de coletividade, dando lugar à tolerância. Vejamos alguns exemplos de alteridade:

Imagine que imigrantes e refugiados comecem a entrar em seu país, passando a habitar a sua cidade. Exercer a alteridade, nesse caso, é reconhecer que aquelas pessoas sofreram e que elas saíram de suas terras natais porque foram obrigadas ou porque queriam levar uma vida digna. Exercer a alteridade, nesse caso, é acolher e oferecer o apoio possível a elas.

Imagine que você seja praticante de uma religião cristã, de vertente católica. No mundo existem cristãos protestantes, cristãos espíritas, muçulmanos, hindus, candomblecistas etc. A alteridade reside, nesse exemplo, no fato de que você deve reconhecer a história e a individualidade de cada pessoa e respeitar a escolha religiosa dela sem prejulgá-la.

Notas

|1| HOLANDA, Aurélio B. Dicionário da Língua Portuguesa. 6. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
|2| ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia.  3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 35.
|3| Dicionário de Psicologia. São Paulo: Itamaraty, v.5, 1973., p. 75


Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia



Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceito-alteridade.htm

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