O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento, um tempo de
preparação para a Festa do Natal de Jesus. Esse foi o maior acontecimento da
história: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-Se a assumir a nossa
humanidade, sem deixar de ser Deus. O Natal de Jesus precisa ser preparado e
celebrado a cada ano. São quatro semanas de preparação e, no decorrer delas,
somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e virá no final dos tempos.
Por isso, é um tempo de preparação e de alegre espera do
Senhor considerada sob diversos aspectos. Em primeiro lugar, a expectativa do
Antigo Testamento pela vinda do Messias, do que falavam os profetas,
agradecendo a Deus o dom inefável da salvação que se realizou na vinda do
divino Redentor. Agora, a vinda do Salvador deve atualizar-se no coração de
todos os homens, enquanto a história se encaminha para a Parusia, ou seja, a
vinda gloriosa do Senhor. É, nesta perspectiva, que devem ser escutadas as
leituras do Advento. “Vinde, caminhemos à luz do Senhor!”.
Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos
convida a vigiar e a esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor
voltará para colocar um fim à história humana, mas o nosso encontro com Ele
também está marcado para logo após a morte.
Nas duas últimas, lembramos a espera dos profetas e de
Maria. Preparamo-nos mais (especialmente) para celebrar o nascimento de Jesus
em Belém. Os profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes;
nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi e seu Reino não terá fim.
Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.
A coroa do Advento
A Guirlanda ou Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. A
coroa é verde, sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que
simboliza o amor de Deus que nos envolve e, também, a manifestação do nosso
amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.
A Coroa do Advento é composta por 4 velas nos seus cantos –
presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As
velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo,
acendendo apenas uma vela; e, à medida que vão passando os domingos, acendem-se
as outras velas, até chegar o 4º Domingo, que é quando todas devem estar
acesas. Os ramos em círculo são de cipreste, de pinheiro ou de outra árvore
ornamental, esses ramos são para lembrar a esperança cristã, ela é alimentada com a proximidade
do Natal. O círculo não tem princípio nem fim. É sinal do amor de Deus que é
eterno e também da nossa ininterrupta dileção ao Criador e ao próximo.
Durante o Advento, prevalece a cor roxa, símbolo da conversão, que é fruto da revisão de vida, ou seja, a
metanoia. As velas querem representar as várias etapas da salvação, sobretudo
para significar a espera d’Aquele que é “a Luz que ilumina todo homem que vem a
este mundo” (João 1,9) e que está para chegar. Então, nós O esperamos com
luzes, porque O amamos e queremos ser como Ele, Luz.
Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/reflita-sobre-as-quatro-semanas-do-tempo-do-advento/
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